Com níveis alarmantes de poluição, a capital paulista se torna um terreno fértil para o aumento de doenças respiratórias. Especialistas alertam para os riscos graves à saúde, principalmente no inverno, e recomendam medidas urgentes para evitar internações.

RedaçãoI Fernanda Cappellesso

A poluição do ar nas grandes metrópoles, especialmente em São Paulo, tem impactado diretamente a saúde respiratória da população. Durante o inverno, a qualidade do ar na capital paulista piora consideravelmente, agravando problemas respiratórios, como asma e bronquite. Recentes dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) revelaram que a cidade enfrentou um dos piores índices de poluição atmosférica, elevando a preocupação com o aumento de doenças respiratórias.

Poluição: um problema de saúde pública

A exposição constante a altos níveis de poluição do ar, principalmente em áreas urbanas, é um dos maiores desafios para a saúde pública. Os poluentes presentes no ar, como material particulado, óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre, podem causar uma série de sintomas, incluindo falta de ar, tosse e irritação nos olhos e garganta. Essas substâncias afetam especialmente pessoas mais vulneráveis, como crianças, idosos e portadores de doenças crônicas.

De acordo com o otorrinolaringologista Dr. Fabrizio Ricci Romano, "a exposição prolongada a altos níveis de poluição agrava doenças respiratórias preexistentes e pode desencadear novos problemas em indivíduos sem histórico de enfermidades. O corpo humano, ao ser exposto a partículas nocivas, enfrenta inflamações constantes, prejudicando o sistema respiratório."

 Inverno agrava a situação

Durante o inverno, as condições climáticas típicas, como o frio e o tempo seco, dificultam a dispersão dos poluentes, elevando a concentração de substâncias tóxicas no ar. "Essa combinação de fatores aumenta significativamente o número de internações hospitalares por problemas respiratórios", aponta Romano. A maior concentração de poluentes associada ao clima seco torna a respiração mais difícil e favorece o surgimento de crises respiratórias.

 Medidas preventivas contra os efeitos da poluição

Para minimizar os efeitos da poluição sobre a saúde, é essencial adotar medidas preventivas, como evitar atividades físicas ao ar livre em dias de alta poluição, hidratar-se regularmente e manter os ambientes internos limpos e bem ventilados.

1. Evite atividades ao ar livre: 
Em dias com níveis elevados de poluição, é recomendável reduzir a prática de exercícios ao ar livre. A inalação de partículas poluentes durante atividades físicas sobrecarrega o sistema respiratório. "Prefira realizar atividades em locais fechados e ventilados", aconselha Romano.

2. Mantenha-se hidratado: 
Beber água regularmente ajuda a manter as mucosas hidratadas, facilitando a eliminação de toxinas e prevenindo o ressecamento das vias respiratórias.

3. Limpeza e ventilação dos ambientes:  
Mesmo em casa, é possível se expor a partículas de poeira e poluentes que entram pelas janelas. Manter os ambientes limpos, usar purificadores de ar e garantir a ventilação adequada são formas de melhorar a qualidade do ar nos espaços internos.

A qualidade do ar, especialmente nas grandes cidades como São Paulo, representa um risco à saúde respiratória. Para evitar complicações e proteger-se, é fundamental adotar cuidados simples no dia a dia, mantendo-se informado sobre os níveis de poluição e as melhores práticas para reduzir os efeitos nocivos dos poluentes.

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