Analista de mercado da Scot Consultoria, discutiu o mercado pecuário da bovinocultura de corte no Tocantins

Redação I Thiago Alonso

No quadro "Quinta do Agro" do Diário Tocantinense, desta semana, Pedro Gonçalves, engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria, discutiu o mercado pecuário da bovinocultura de corte no Tocantins. Ele explicou que, desde o início do ano, as cotações no mercado tocantinense, assim como em outras regiões pecuárias do Brasil, sofreram com uma oferta excessiva. "Os preços praticados no começo do ano estavam na faixa dos 225 reais por arroba", afirmou.

Ele destacou que a produção de carne foi bastante acelerada no início do ano, com abates recordes em várias regiões. "Houve uma alta participação das fêmeas, com algumas unidades frigoríficas do Tocantins registrando uma participação de fêmeas no abate de até 90%", mencionou. Essa alta participação resultou em quedas expressivas nos preços pagos pela arroba do boi gordo. "Tivemos uma queda de trinta reais por arroba na cotação do boi gordo no mercado tocantinense", comentou.

Recentemente, os preços começaram a se recuperar. "Para este início de julho, houve uma recuperação de cinco reais por arroba", disse o profissional.

Ele acrescentou que, entre maio e junho, os preços praticados ficaram, na maior parte do tempo, abaixo dos duzentos reais por arroba. "Agora estamos vendo os preços na faixa dos duzentos a duzentos e cinco reais por arroba, tanto no Tocantins Norte quanto no Tocantins Sul", detalhou.

O cenário atual sugere estabilidade com possíveis altas devido ao encurtamento das escalas de abate. "O enxugamento das ofertas de boiadas para o período na maior parte das praças pecuárias é um fator importante", explicou.

Pensando no segundo semestre, o engenheiro mencionou o Confina Brasil, que está mapeando o gado confinado nos estados do Mato Grosso, Rondônia, e Goiás, e que em breve estará no Tocantins. "As expectativas são de que essa oferta de gado confinado aumente em relação ao ano anterior", afirmou, citando uma previsão de alta de 17%.

Já quanto ao leite, no Tocantins, os preços de qualidade variam de R$ 1,750 a R$ 2,100 e de R$ 2,100 a R$ 2,164 para padrão. Enquanto no Pará, as cotações são de R$ 1,750 a R$ 2,100 e de R$ 2,100 a R$ 2,287 para padrão.

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