"O Brasil ainda não é autossuficiente, mas o crescimento dos últimos seis anos, permite projetar o pleno abastecimento interno em poucos anos", afirma Scot Consultoria.

Da Redação

A produção de trigo deste ano atingiu um novo recorde com estimativa de 9,6 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 23,7% em relação à safra passada, como indica o 3º Levantamento da Safra de Grãos divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

Conforme a Companhia, se for comparado com o volume colhido em 2019, a produção do cereal praticamente dobra: com uma colheita de 5,2 milhões de toneladas. Um aumento influenciado pelas condições do mercado do produto uma vez que a demanda pelo cereal segue aquecida e a oferta mundial restrita. 

“As altas cotações do cereal no mercado internacional, registradas desde a safra passada, têm favorecido e incentivado os produtores brasileiros. O conflito entre Rússia e Ucrânia também gera uma incerteza com relação à disponibilidade mundial de trigo. Além disso, as questões climáticas que afetaram as culturas na última safra de verão no Brasil podem ter impulsionado alguns agricultores a mitigar as perdas registradas”, ressalta a analista de mercado da Conab, Flávia Starling.

Além disso, conforme a análise da Scot Consultoria, com o aumento da produção na última safra o país caminha para um avanço no abastecimento interno, mesmo ainda não sendo auto suficiente, “O Brasil ainda não é autossuficiente, mas o crescimento dos últimos seis anos, permite projetar o pleno abastecimento interno em poucos anos.”

A Conab ainda afirma que no último ano comercial, o Brasil vendeu pouco mais de 3 milhões de toneladas do grão. Volume que deve se manter para a safra 2022/23. Ao mesmo tempo, o consumo interno também tende a apresentar crescimento em torno de 2%, estimado em aproximadamente 12,23 milhões de toneladas. Ainda assim, é esperado um acréscimo no estoque de passagem de julho de 2023, podendo chegar a 1,08 milhão de toneladas.

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