Estudos do Governo mostraram uma redução nos índices de mais cerca de 160 mil pessoas foram vítimas da violência

Stephannie Lopes /Da Redação

No segundo semestre de 2023, o estado do Tocantins acompanhou uma intensificação das operações de repressão e combate ao crime organizado e à criminalidade violenta, conforme revelado no relatório divulgado pelo Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-TO).

Na capital, Palmas, organizações criminosas estiveram envolvidas em uma série de homicídios, particularmente durante o mês de maio. No entanto, a resposta das forças de segurança resultou em redução de 84% nos índices de homicídios, quando comparado aos seis primeiros meses do ano. De 1º de janeiro a 30 de junho, foram registrados 96 homicídios, sendo que 70% deles foram atribuídos a disputas de poder entre facções criminosas.

O período contemplou pelo menos 13 grandes operações, com mais de 250 kg de drogas apreendidos, mais de 60 prisões por tráfico, e a apreensão de armas de fogo. As ações, coordenadas pela Diretoria de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) do Tocantins, foram conduzidas pelas divisões especializadas.

A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), levou também a Operação Paz por meio do Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas. Essa iniciativa abrangeu não apenas o Tocantins, mas também os estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Roraima.

A ação, que visa reforçar a segurança em diferentes regiões do país, foi deflagrada de forma coordenada no Tocantins. A inteligência das polícias Civil e Militar foi fundamental para identificar os municípios que demandam maior atenção por parte das forças de segurança. Entre eles, destacam-se as principais cidades do estado, Palmas, Araguaína e Gurupi, assim como os municípios de Porto Nacional e Colinas, que concentraram o maior número de ações.

A Polícia Militar mobilizou 107 policiais, inicialmente dedicados a setores administrativos, para atuarem diretamente nos municípios mencionados. Durante o período da operação, as forças de segurança conseguiram apreender 40 armas, incluindo armas de fogo e armas brancas, além de confiscar 202 munições. O empenho das equipes resultou ainda em 8.652 abordagens a pessoas e 5.506 abordagens de veículos, demonstrando a abrangência e intensidade da operação no enfrentamento às atividades criminosas.

Em nível nacional, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou dados que indicam uma redução nos índices de homicídios, feminicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e outros indicadores de violência nos primeiros 10 meses de 2023. Mesmo com a queda de 2,11% em comparação ao mesmo período de 2022, 166.603 brasileiros perderam a vida de maneira violenta entre janeiro e outubro.

As estatísticas foram apresentadas no portal do MJSP, que reúne 28 indicadores de segurança pública de todos os estados e do Distrito Federal.

Já com relação às armas de fogo, o Brasil registrou a retirada de mais de 85 mil armas do cenário criminal. Em primeiro lugar está Minas Gerais, com 13.568 armas apreendidas, seguido por São Paulo, com 9.449, e o Rio Grande do Sul, com 7.955. No Tocantins, foram apreendidas 578 armas, contribuindo para o esforço nacional na redução da violência armada.

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