Para o petista, governar a partir de janeiro de 2023, com a situação que se encontra, será "muito difícil", mas com ajuda do povo brasileiro fará o seu melhor.

Da Redação

“Não enfrentamos um adversário, mas sim a máquina do estado brasileiro colocada a serviço do candidato da situação para evitar que nós ganhássemos as eleições. Quero agradecer ao povo brasileiro que votou em mim, que se dignou a cumprir com o compromisso de cidadania”, discursou pela primeira vez após a vitória. 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  foi eleito com 50,9% dos votos. O seu oponente, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), conquistou 49,1% da preferência do eleitor. Em uma das disputas mais acirradas do país, Lula agradeceu os votos recebidos, parabenizou todos que exerceram o direito ao voto, inclusive os que foram dados a Bolsonaro, como uma prática cidadã e um dever civilizatório. 

Para o petista, governar a partir de janeiro de 2023, com a situação que se encontra, será “muito difícil", mas com ajuda do povo brasileiro fará o seu melhor. “A partir de 1° de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiras e brasileiros e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo e uma grande nação”, declarou. 

Lula ainda afirmou estar disposto a ser um pacificador. “Tenho fé em Deus que com a ajuda do povo nós vamos encontrar uma saída para que esse país volte a viver democraticamente, harmonicamente e que a gente possa restabelecer a paz entre as famílias, entre os divergentes, para que a gente possa construir o mundo que nós precisamos e o Brasil”. 

Ao lado de várias figuras políticas, como Dilma Rousseff (ex-presidente do Brasil), Simone Tebet, MDB (senadora pelo Mato Grosso do Sul e candidata à Presidência em 2022) entre outros, o petista se comprometeu ainda com a retomada da economia, com geração de empregos, elevação dos salários e renegociação das dívidas das famílias. “A roda da economia vai voltar a girar com os pobres voltando a fazer parte do orçamento”, disse. Ele citou ainda atenção especial às políticas de incentivo à agricultura familiar e a micro e pequenos empreendedores.

Compromissos

Lula também disse que está comprometido com as políticas de combate à violência contra as mulheres e salários iguais para a mesma função, além do enfrentamento ao racismo e todas as formas de preconceito. Ele defendeu a retomada de conferências nacionais para discussão e definição de políticas públicas federais e o fortalecimento do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. “As grandes decisões políticas que impactam a vida dos brasileiros não serão tomadas em sigilo, mas em diálogo com a sociedade.” O programa “Minha Casa, Minha Vida”, também foi pautado como uma das prioridades do petista.

Na política internacional, disse que vai retomar diálogo com países desenvolvidos, como Estados Unidos e países da União Europeia, numa posição de igualdade, mas que também vai apoiar países em desenvolvimento. Lula defendeu o desmatamento zero da Amazônia com a retomada do monitoramento e vigilância.

No palanque 

Durante a campanha política, Lula apostou na construção de uma frente ampla e reuniu dezenas de nomes do cenário político nacional, de aliados históricos e ao assumir sua vitória, pode ser visto com vários deles, como: 

  • Wellington Dias (PT): senador eleito pelo Piauí
  • Fabiano Contarato (PT): senador pelo Espírito Santo
  • Gleisi Hoffmann (PT): presidente nacional do PT e deputada federal pelo Paraná
  • Simone Tebet (MDB): senadora pelo Mato Grosso do Sul e candidata à Presidência em 2022
  • Rui Falcão (PT): deputado federal por São Paulo
  • Eliziane Gama (Cidadania): senadora pelo Maranhão
  • Juliano Medeiros: presidente nacional do PSOL
  • Gabriel Chalita: coordenador da campanha de Lula e ex-deputado federal
  • Janja Lula da Silva: esposa de Lula
  • Guilherme Boulos (PSOL): deputado federal eleito por São Paulo
  • Aloizio Mercadante: coordenador da campanha de Lula, ex-senador e ex-ministro da Educação, da Casa Civil e da Ciência e Tecnologia do governo Dilma
  • José Guimarães (PT): vice-presidente nacional do PT e deputado federal pelo Ceará
  • Alexandre Padilha (PT): deputado federal por São Paulo e ex-ministro da Saúde do governo Dilma
  • Celso Amorim: ex-ministro das Relações Exteriores do governo Lula e ex-ministro da Defesa do governo Dilma
  • Geraldo Alckmin (PSB): vice-presidente eleito e ex-governador de São Paulo
  • Lu Alckmin: esposa de Geraldo Alckmin
  • Dilma Rousseff: ex-presidente do Brasil
  • André Janones (Avante): deputado federal reeleito por Minas Gerais

 

Fala Comunidade

@diariotocantinense
@diariotocantinense2
@dtocantinense2
@diariotocantinense
Comercial
Redação
Grupo no Whatspp