" A participação do boi magro no custo operacional, em meio às quedas no preço, explica a melhora nos resultados, mesmo com a arroba do boi gordo pressionada", afirma.

Da Redação

A Scot Consultoria publicou nesta quinta-feira, 13, um levantamento feito em 256 confinamentos. Os dados apontam que a atividade cresceu 13,2% em 2022 frente a 2021, apesar dos desafios relacionados aos custos de produção nos últimos anos.

Conforme a carta, para este ano, 2023, a expectativa é de manutenção a aumento na quantidade de cabeças confinadas, principalmente nos estabelecimentos de maior porte.

“O confinamento é uma parte do modelo de produção pecuária e quando o assunto é alívio da pastagem e aumento do estoque de arrobas, com a reposição mais “em conta”, torna-se uma estratégia interessante”, afirma Alcides Torres e Felipe Fabbri na carta, consultores da Scot. 

Desse modo, a terminação em confinamento (seja em boitéis ou em confinamentos próprios) serve para aumentar o giro e auxiliar a compra da bezerrada.

Balanço 

Em relação aos custos de produção, em função da fase vigente do ciclo pecuário de preços, os preços da reposição, responsável por quase 70% dos custos, caíram.

Conforme o levantamento, na temporada 2021/22, a quebra de produção das lavouras na safra de verão, causada pela forte estiagem no Sul da América do Sul, elevou os preços do milho, que chegaram a até R$107,50/saca em Campinas-SP e a soja, tendo como referência a praça de Paranaguá-PR, chegou a ser negociada em R$205,00/saca.

Na safra 2022/23, o cenário é outro. Com a perspectiva de safra recorde, para o milho e para a soja, os preços caíram. Em meados de março, a saca de milho e a de soja estavam sendo negociadas respectivamente em R$88,50 e R$167,00.

O preço médio da diária por boi nos confinamentos em São Paulo caiu de R$23,00 para R$20,00 em doze meses, segundo o “Índice de Custo de Produção de Bovinos Confinados – USP”.

Já a referência de preço para o boi magro, que responde por 70% do custo do confinamento, caiu 18,6% em doze meses, considerando São Paulo.

Sob esse cenário, a Scot Consultoria estima que haja rentabilidade do primeiro giro neste ano.

"O resultado do primeiro giro do confinamento, em 2023, deverá ser o melhor nos últimos três anos, mesmo com o custo com a alimentação ainda historicamente elevado. A participação do boi magro no custo operacional, em meio às quedas no preço, explica a melhora nos resultados, mesmo com a arroba do boi gordo pressionada.

Ressaltamos que os resultados projetados podem ser melhores, principalmente relacionado à estratégia de aquisição para a reposição e insumos, além do uso de ferramentas de trava de preços, que podem garantir margens (uma vez que os custos estão bem estabelecidos).

Em meio a uma atividade de margens apertadas, a gestão dos riscos é fundamental para garantir resultados positivos", diz trecho da carta escrita pelos especialistas. 

Com informações da Scot consultoria
 

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