Os grevistas seguem a pauta nacional que cobra reajuste salarial, destinação de orçamento público em condições ideais para as Universidades e Institutos Federais.

Redação

A greve dos servidores de universidades e institutos federais por mais orçamento para a educação, reajuste salarial e reestruturação de plano de carreira foi reforçada no início desta semana pela adesão dos docentes à mobilização. No Tocantins, instituições federais registram algum movimento de paralisação. A maior mobilização é dos técnicos administrativos. Alguns campus registraram interrupções em atividades pontuais enquanto outros suspenderam as aulas. 

Na terça, 07, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não lhe "encanta" ver as greves de professores das universidades federais e disse que o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), "quer a negociação o mais rápido possível". Os servidores técnico-administrativos da instituição também estão de braços cruzados em reivindicação por reajuste salarial.

As declarações ocorreram em entrevista no programa Bom Dia, Presidente, da EBC, junto aos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom). 

"Vamos fazer um acordo", disse o petista, que destacou a restrição orçamentária do governo. "Não me encanta ver parte da educação em greve. Tenho de inaugurar muitas escolas técnicas, visitar universidades, e quero que os professores e funcionários estejam tranquilos".

Tocantins 

Na manhã desta quinta, 09, os alunos do campus de Palmas encontraram os portões fechados. Faixas do movimento grevista foram instaladas nas grades e houve empurra-empurra entre grevistas e pessoas que tentavam entrar no campus universitário.

Uma longa fila de carros se formou no acesso à universidade e várias pessoas forçaram o portão de entrada. Os alunos estão conseguindo acessar o campus pelo portão de pedestres. Carros e motocicletas foram deixados do lado de fora. O portão principal deve permanecer fechado ao longo do dia.

Em nota, a gestão informou que tem mantido diálogo com as forças sindicais e acompanha as demandas e negociações. Também explicou no comunicado que os servidores têm autonomia para participar do movimento grevista.

Nota da UFT

"Em relação ao ato de fechamento do portão principal que dá acesso à UFT e Unitins, na manhã desta quinta-feira, 09 de maio de 2024, ele foi organizado, em conjunto, pelos comandos de greve dos técnicos-administrativos e docentes da UFT, que buscam recomposição salarial e orçamentária, além de reestruturação da carreira.

Sobre esses e outros atos, quem responde são os próprios comandos de greve, que estão disponíveis através do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Tocantins (Sesduft)

Já em relação ao calendário e atividades acadêmicas, estes continuam ativos, pois qualquer alteração só é feita mediante Conselho Universitário "Consuni. Essa e outras orientações, estão disponíveis em publicação no portal institucional que orienta a comunidade universitária sobre a greve e pode ser acessada no portal institucional".
 

A paralisação é de decisão nacional e também abrange as unidades do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), que suspendeu as aulas depois que professores e técnicos entraram em greve em abril. As atividades foram suspensas nas unidades de Dianópolis, Colinas do Tocantins, Palmas e Porto Nacional.

Em nota, o IFTO disse que o direito de greve é assegurado constitucionalmente e compete a cada servidor a adesão ao movimento. As atividades institucionais seguem funcionando nas unidades em que não houve suspensão das aulas.

Os grevistas seguem a pauta nacional que cobra reajuste salarial, destinação de orçamento público em condições ideais para as Universidades e Institutos Federais, reestruturação da carreira docente, além da revogação de "medidas antissindicais, antidemocráticas e contrarreformas".

 

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