Doença pode ser evitada com cuidados simples como limpar o quintal e eliminação do mosquito palha.

Da Redação

O Tocantins teve cinco mortes causadas por leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, e 59 casos confirmados da doença entre janeiro e agosto deste ano, conforme boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado. Quanto ao segundo tipo, o Tegumentar os dados do mesmo período trazem 155 novos casos confirmados e nenhum óbito registrado.

A leishmaniose visceral é uma importante zoonose crônica e sistêmica causada pelos protozoários do gênero Leishmania. A doença é transmitida ao humano pela picada do mosquito infectado, especialmente a espécie Lutzomyia longipalpis, conhecida popularmente como mosquito-palha, tatuquira e birigui. Como o inseto se prolifera em ambiente em decomposição, quintais com canis, galinheiros, criação de suínos e muitas árvores são os locais ideais para criadouro do mosquito palha.

"Apesar da redução de casos da doença nos últimos anos, ainda verificamos uma alta letalidade, principalmente entre crianças, idosos e pessoas que vivem com HIV/AIDS. Nesse contexto, a prevenção segue sendo a melhor estratégia, com medidas simples como a destinação adequada do lixo doméstico e a limpeza periódica de quintais e abrigos dos pets. O diagnóstico precoce salva vidas, então em caso de sinais e sintomas sugestivos da doença, busque atendimento na unidade de saúde mais próxima o quanto antes", explica o assessor técnico das Leishmanioses da SES/TO Julio Bigeli.

Por isso para prevenir a Leishmaniose algumas medidas simples podem ser tomadas dentre elas a limpeza de quintais, terrenos ou abrigos de animais, pois é no acúmulo de matéria orgânica que a fêmea do mosquito transmissor põe seus ovos, outra medida simples a ser tomada é o uso de coleira repelente nos animais, evitando desta forma que eles também fiquem doentes.

 Leishmaniose visceral

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a leishmaniose visceral como uma doença negligenciada prioritária, ou seja, por meio de dados epidemiológicos, demográficos e o impacto da doença, leishmaniose visceral foi tabelada entre as doenças infecciosas, muitas delas parasitárias, como: dengue, doença de Chagas, leishmaniose, hanseníase, malária, esquistossomose e tuberculose. 

A OMS alerta ainda que, quando não tratada, a leishmaniose visceral possui uma alta letalidade, o que pode levar ao óbito em mais de 90% dos casos. No aparecimento de sintomas deve-se buscar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde. O diagnóstico e o tratamento são gratuitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Fique atento às manifestações clínicas no seu animal de estimação. 

A doença em cães se manifesta através de sinais clínicos, tais como:

Emagrecimento

Queda de pelos

Crescimento e deformação das unhas (onicogrifose)

Desnutrição

Paralisia de membros posteriores

E até mesmo chegar ao óbito.

No ser humano, os sintomas se manifestam com:

Febre persistente

Aumento do fígado e do baço (hepatomegalia e esplenomegalia)

Perda de peso

Fraqueza

Anemia, entre outros.


 

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