Anderson do Carmo, marido de Flordelis, foi morto com mais de 30 tiros, em 16 de junho de 2019.

Da Redação

Neste domingo, 13, o júri da 3ª Vara Criminal de Niterói entendeu que Flordelis tramou contra o próprio marido por disputas, dinheiro e influência.

A pastora foi condenada por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, além uso de documento falso e associação criminosa armada. E foi sentenciada a 50 anos e 28 dias de prisão.

Entenda o caso 

Anderson do Carmo, marido de Flordelis, foi morto com mais de 30 tiros, em 16 de junho de 2019. Ele foi alvejado na garagem da residência do casal. Porém, antes do homicídio, segundo a polícia, a vítima sofreu várias tentativas frustradas de envenenamento.

Resumo dos depoimentos 

Durante os depoimentos e interrogatórios no juri que julgou Flordelis dos Santos Souza, os filhos afetivos dela e de Anderson do Carmo, revelaram como começou o relacionamento entre os pastores. Durante as oitivas, testemunhas de defesa e as rés relataram sofrer ou saber de abusos sexuais cometidos pelo pastor na casa, com Flordelis, filhas e neta. 

Durante todo o processo, Flordelis negou ter qualquer ligação com a morte do marido. Em live realizada por ela horas antes de ser presa, a pastora e ex-deputada reafirmou sua inocência: "Caso eu saia daqui hoje, saio de cabeça erguida porque sei que sou inocente. Todos saberão que sou inocente, a minha inocência será provada e vou continuar lutando para garantir a minha liberdade, a liberdade dos meus filhos e da minha família, que está sendo injustiçada".
 

Flordelis foi “mãe, sogra e esposa”
 

 A ex-deputada federal e cantora gospel Flordelis (PSD-RJ), 61 anos, chegou a ser mãe de criação e "sogra" da vítima antes de se casarem. As relações familiares do clã, que reunia 55 filhos (51 deles adotivos), foram investigadas e, segundo a Polícia Civil do Rio, estão por trás do assassinato. 

A história da ex-deputada é contada agora em documentário do Globoplay. Quando era adolescente, nos anos 90, Anderson começou a frequentar a casa em que Flordelis morava na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio. À época, conviveu com os três filhos biológicos do primeiro casamento dela e outras quatro crianças adotadas -  segundo a polícia, de forma ilegal (sem autorização da Justiça).

A partir desse convívio, Anderson logo passou à condição de filho de criação de Flordelis e, mais tarde, assumiu a posição de genro da futura parlamentar. Isso porque Anderson namorou Simone dos Santos Rodrigues - filha biológica do primeiro casamento de Flordelis. Posteriormente, Flordelis e Anderson engataram um relacionamento e, em seguida, um casamento que durou até o assassinato. O pastor era uma espécie de gerente da família - além do dinheiro, administrava as relações do clã. Ao lado de Flordelis, Anderson se tornou pastor. O casal dizia ter 55 filhos - três do primeiro casamento de Flordelis; outro, fruto da segunda união, e mais 51 adotivos/afetivos.

Com informações do UOL

Qual foi a decisão e quem foram os condenados e inocentados sobre o caso?

Decisão: 

  • Flordelis dos Santos Souza: condenada a 50 anos e 28 dias por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada.

  • Simone dos Santos Rodrigues: condenada a 31 anos e 4 meses por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.

  • Flávio dos Santos Rodrigues: condenado a 33 anos e 2 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma, uso de documento ilegal e associação criminosa armada.

  • Lucas Cézar dos Santos Souza: condenado a 7 anos e meio por homicídio triplamente qualificado. Teve a pena reduzida por ter colaborado com as investigações.

  • Carlos Ubiraci Francisco da Silva: condenado a 2 anos, 2 meses e 20 dias de prisão em regime semiaberto por associação criminosa. Foi absolvido da acusação de homicídio triplamente qualificado.

  • Adriano dos Santos Rodrigues: condenado a 4 anos, 6 meses e 20 dias em regime semiaberto por uso de documento falso duas vezes e por associação criminosa armada.

  • Marcos Siqueira Costa: condenado a 5 anos e 20 dias em regime semiaberto por uso de documento falso duas vezes e por associação criminosa armada.

  • Andrea Santos Maia: condenada a 4 anos, 3 meses e 10 dias em regime semiaberto por uso de documento falso duas vezes e por associação criminosa armada.

  • Rayane dos Santos: inocentada.

  • Marzy Teixeira: inocentada.

  • André Luiz de Oliveira: inocentado.

 

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