Prisão ocorreu após o pouso de seu jato particular e está associada a crimes relacionados ao aplicativo de mensagens

Redação I Giovana Cecília

Na última sexta-feira, 23, Pavel Durov, presidente-executivo do Telegram, foi preso pela polícia francesa no Aeroporto Le Bourget, ao norte de Paris, após seu jato particular aterrissar. A detenção de Durov, de 39 anos, foi realizada em cumprimento a um mandado relacionado a crimes associados ao aplicativo de mensagens que ele fundou.

O mandado de busca foi emitido pelo Escritório de Combate à Violência contra Menores (Ofmin), que acusa Durov de não colaborar com investigações sobre o uso criminoso da plataforma. A Justiça francesa considera que a falta de moderação e a ausência de colaboração com as autoridades tornam o Telegram um meio para crimes como fraude, tráfico de drogas, crime organizado, apologia ao terrorismo e crimes contra crianças.

Durov estava acompanhado por seu guarda-costas e assistente quando desembarcou do jato. Ele planejava passar a noite em Paris. O Escritório Nacional Antifraude (ONAF) colocou Durov sob custódia, e ele deverá ser apresentado a um juiz de instrução neste domingo, 25, com a possibilidade de acusação no mesmo dia.

A embaixada da Rússia na França está envolvida na tentativa de esclarecer a situação. O canal de TV francês TF1 relatou que a prisão foi uma surpresa para os investigadores, que esperavam que Durov evitasse a França, dado que era procurado. Um investigador comentou que Durov permitiu que crimes fossem cometidos no Telegram sem a devida moderação ou colaboração com as autoridades.

O Telegram, fundado por Durov em 2013, tem enfrentado problemas internacionais. No Brasil, o aplicativo foi suspenso temporariamente em 2023 e 2022 por não cumprir ordens judiciais, incluindo a não entrega de dados sobre grupos com conteúdo neonazista e perfis de um blogueiro bolsonarista.

 Na Rússia, o Telegram foi banido em 2018 após a recusa de Durov em entregar dados de usuários, mas a proibição foi revertida em 2021. Durov deixou a Rússia em 2014 após não atender às exigências do governo para fechar comunidades de oposição na plataforma VKontakte.

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