Sessão gratuita de A Flor do Buriti, que acontece na quarta-feira, 18, será seguida por debate com crítica especializada

Redação

Nesta quarta-feira, 18 de setembro, o Cineclube Flácido realiza uma sessão especial e gratuita do filme *A Flor do Buriti* no Cine Cultura Palmas, às 19h30. A exibição faz parte de um esforço contínuo para aproximar o público de obras cinematográficas relevantes e trazer visibilidade para questões socioculturais. O projeto é fruto de uma parceria com a Fundação Cultural de Palmas, viabilizado através da Lei Paulo Gustavo, um importante mecanismo de fomento às artes no Brasil.

O filme, uma coprodução luso-brasileira, foi reconhecido internacionalmente ao ser premiado no Festival de Cannes, e agora chega ao público de Palmas com uma oportunidade única de acesso gratuito. A narrativa, dirigida por Renée Nader Messora e João Salaviza, explora o passado e o presente de um dos povos indígenas mais representativos do Brasil, os Krahô, e destaca a luta pela preservação de sua cultura e território.

Sobre o filme

A Flor do Buriti se passa em três momentos cruciais da história do povo Krahô. Em 1940, dois jovens da tribo encontram um boi na floresta, um sinal de que algo terrível está para acontecer. Esse acontecimento antecede um massacre brutal perpetrado por fazendeiros locais. Em 1969, no contexto da Ditadura Militar brasileira, os filhos dos sobreviventes são obrigados a se integrar às forças militares, em um período de intensa repressão. O filme conecta essas memórias ao presente, onde o povo Krahô continua sua luta diária por sobrevivência e resistência em uma terra marcada pela violência histórica.

A produção é um exemplo de como o cinema pode ser um poderoso meio de denúncia e reflexão sobre temas urgentes, como os direitos dos povos originários, a preservação da memória e as ameaças contemporâneas ao meio ambiente e à cultura indígena.

Debate e acessibilidade

Após a exibição, o público terá a oportunidade de participar de um debate sobre o longa-metragem, mediado pela crítica de cinema Carolinne Macedo. O debate promete ser um espaço para aprofundar as reflexões sobre o impacto da obra e discutir a relevância da sua narrativa no cenário atual. Além disso, a sessão contará com legendas descritivas, e o debate será acessível para a comunidade surda, com a presença de intérpretes de libras.

Este tipo de iniciativa fortalece o papel do cinema como agente transformador, abrindo espaço para a diversidade de vozes e olhares sobre a realidade brasileira, muitas vezes marginalizados no circuito comercial.

O Cine Cultura Palmas

O Cine Cultura Palmas, localizado no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho, é um importante ponto de exibição de filmes autorais, experimentais e de relevância social. A sala mantém um compromisso com a democratização do acesso ao cinema, apresentando obras que muitas vezes não chegam às grandes salas comerciais. A iniciativa do Cineclube Flácido reforça essa missão, trazendo um filme de importância internacional para o público local.

Sobre o Coletivo Flácido

O Coletivo Flácido é um grupo de artistas que se propõe a revitalizar o cenário da arte contemporânea em Palmas, atuando na interseção de diversas linguagens artísticas, com destaque para a performance. A Casa Flácida, sede do coletivo, é um espaço dinâmico de produção artística e cultural, promovendo a troca de ideias e a criação de obras que dialogam com as questões contemporâneas da sociedade. 

Essa sessão de *A Flor do Buriti* é apenas uma das várias ações promovidas pelo coletivo, que busca constantemente gerar discussões sobre arte, cultura e resistência. A realização desse projeto só foi possível graças aos recursos da Lei Paulo Gustavo, que continua a ser um importante vetor para o fomento cultural em todo o Brasil.

 

Fala Comunidade

@diariotocantinense
@diariotocantinense2
@dtocantinense2
@diariotocantinense
Comercial
Redação
Grupo no Whatspp