O cometa é periódico que retorna ao sistema solar a cada 71 anos, sendo observado pela última vez em 1954

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Nos próximos dias, apaixonados por astronomia terão a chance de contemplar um dos cometas mais brilhantes conhecidos pelos cientistas, de 12P/Pons-Brooks - cometa que se aproxima da terra sem oferecer riscos de colisão. 

Segundo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA); diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e coordenador regional (Nordeste) do Asteroid Day Brasil, o cometa vem surpreendendo os astrônomos há algum tempo. 

“Esse Cometa, vem surpreendendo os astrônomos há algum tempo. Ele foi descoberto em 1812 pelo renomado astrônomo francês Jean-Louis Pons, e redescoberto por Willian Robert, em 1883. Ele é um cometa periódico que retorna ao sistema solar a cada 71 anos, sendo observado pela última vez em 1954. Em 2020 ele foi novamente observado no passado por Saturno. Agora ele já está a caminho da sua máxima aproximação da terra e do sol. 

O especialista ainda explica como surgiu o apelido, “Cometa do Diabo”. “Nessa passagem agora os seus jatos de gás e poeira lhe deram um aspecto interessante. Eles somaram algo semelhante a dois chifres, o que deu o apelido de Cometa do Diabo. Ao se aproximar do sol ele começa a apresentar explosão de brilhos. Ele deve atingir seu ponto máximo em 21 de abril”. 

Com uma magnitude atual de 5,0 (sendo números menores indicativos de maior brilho), este cometa já supera em luminosidade o planeta Urano do nosso Sistema Solar. No entanto, para observadores no Hemisfério Sul, como no Brasil, sua visualização completa será restrita e prevista apenas para 21 de abril, quando atingirá seu ápice de brilho, como explica Zurita. 

“Infelizmente esse espetáculo não deverá ser muito visível pelo Brasil, já que um dos momentos que ele estará mais acessível será no horário do hemisfério norte. A não ser que ocorra uma intensa explosão com brilho para os próximos dias, para nós ele deverá aparecer timidamente no início da noite ainda imerso ao brilho do crepúsculo”, explica Zurita.  

 

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