Episódio levantou acusações sérias de autogolpe contra o presidente Luis Arce, aumentando a tensão e a incerteza no país.

Redação

A Bolívia enfrenta uma crise política intensa após a tentativa de golpe protagonizada pelo general Juan José Zúñiga e suas tropas, que avançaram contra o Palácio do Governo em La Paz na última quarta-feira (26). O episódio levantou acusações sérias de autogolpe contra o presidente Luis Arce, aumentando a tensão e a incerteza no país.

A situação se agravou quando Zúñiga, líder das forças insurgentes, afirmou publicamente que a ação tinha sido incentivada pelo próprio presidente para aumentar sua popularidade.

Essas declarações foram prontamente contestadas pelo ministro do Governo boliviano, Eduardo Del Castillo, que negou veementemente qualquer envolvimento de Arce na tentativa de golpe.

"Zúñiga carece de veracidade em suas alegações", declarou Del Castillo em entrevista à imprensa, enfatizando que os militares não têm autorização constitucional para interferir em assuntos políticos internos.

Ele revelou ainda que o governo tinha informações prévias sobre planos para desestabilizar o país, sugerindo que a operação foi meticulosamente planejada por cerca de três semanas.

O confronto resultou em violentos confrontos nas ruas, deixando pelo menos 12 pessoas feridas por tiros e resultando na detenção de vários militares envolvidos na tentativa de golpe.

Del Castillo alertou que os líderes do levante enfrentarão acusações graves, incluindo crimes de terrorismo e tentativa de subverter a segurança do Estado, crimes que podem resultar em penas de até 30 anos de prisão.

Até o momento, Zúñiga e Juan Arnez Salvador, ex-comandantes do Exército e da Marinha, foram identificados como os principais responsáveis pelo golpe frustrado.

Enquanto a Bolívia enfrenta a gravidade dessa crise política interna, o presidente Luis Arce ainda não comentou diretamente as acusações de autogolpe.

No entanto, ele agradeceu o apoio internacional recebido e destacou o respaldo do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que condenou energicamente o golpe e reiterou seu compromisso com a preservação da democracia na Bolívia.

A tentativa de golpe revela profundas divisões dentro das Forças Armadas bolivianas e coloca em questão a estabilidade política e o respeito às instituições democráticas no país. Este incidente está sendo monitorado atentamente pela comunidade internacional, que expressou preocupações com o impacto dessa crise sobre a governança e a estabilidade regional na América Latina.

(Com informações, Reuters)

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