Ex-senadora está empenhada em conseguir uma posição melhor e é fiel escudeira do atual presidente.

Stephannie Lopes /Da Redação

No intrincado tabuleiro político brasileiro, uma reviravolta na trajetória de Kátia Abreu chama a atenção, revelando desafios e recusas que vão além da Lei das Estatais. A ex-ministra e ex-senadora, que buscava a nomeação como vice-presidente de agronegócio do Banco do Brasil, viu seu caminho obstaculizado por razões que vão além do escopo oficial.

A Lei das Estatais foi o primeiro obstáculo declarado, proibindo a nomeação de pessoas com parentes de até terceiro grau em funções executivas ou na direção de partidos. Com a não reeleição para o Senado, Kátia Abreu viu na sua ligação familiar uma barreira intransponível: seu filho, o senador Irajá Abreu, presidente do PSD Tocantins, segue mandato até 2026.

Contudo, há um segundo motivo, mantido sob sigilo, que adiciona uma camada de complexidade à situação. Bastidores revelam que a ex-ministra, também proprietária de terras, enfrenta dívidas agrárias significativas. Este impasse delicado, mantido sob reserva, gerou constrangimento e contribuiu para a decisão de não prosseguir com a nomeação.

Antes de almejar a posição no Banco do Brasil, Kátia Abreu tentou, sem sucesso, tornar-se ministra do Tribunal de Contas da União (TCU). Além disso, seu pedido inicial para assumir a presidência do Sebrae não foi atendido. O desejo por cargos estratégicos era evidente, mas as portas não se abriram conforme planejado.

No entanto, Lula não deixou a ex-senadora sem opção. Um convite para integrar o conselho da JBS foi oferecido e aceito, uma posição que, por aliados, foi percebida como "pequena" para uma figura de sua estatura política.

Kátia Abreu, que já foi ministra da Agricultura no governo Dilma Rousseff, continuou a desempenhar um papel de destaque na política nacional. No Senado, foi uma das principais defensoras da ex-presidente durante o impeachment. Em 2023, sua influência se manteve, destacando-se por eventos marcantes.
Um jantar estratégico em sua residência em Brasília, reunindo figuras-chave como o líder do governo no Senado Jaques Wagner, os senadores Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues e Weverton, bem como os ministros do STF Gilmar Mendes e Dias Toffoli, visava angariar apoio para a sabatina do advogado Cristiano Zanin, buscando facilitar sua aprovação como ministro do STF.

Apesar de um ano movimentado e repleto de ações estratégicas, Kátia Abreu parece enfrentar um descompasso entre suas expectativas e a oferta de cargos. As fontes dos bastidores insistem que a situação difere da aparente estabilidade, apontando para um incômodo persistente e uma busca contínua por um cargo mais "interessante".

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