o Norte do estado, cotação do boi gordo bate R$ 230 por arroba, enquanto a oferta reduzida causa incertezas nos frigoríficos. No Sul, mercado segue estável, mas produtores já estão em alerta.

Redação

O mercado de boi gordo no Tocantins apresentou uma movimentação positiva em algumas regiões do estado, segundo dados divulgados pela analista de mercado Juliana Pila, da Scott Consultoria. Os preços, que são acompanhados com atenção por produtores e frigoríficos, refletem a dinâmica de oferta e demanda local, além de fatores macroeconômicos que impactam o setor.

 

Na região norte do Tocantins, houve um aumento significativo na cotação do boi gordo, da vaca e da novilha. O boi gordo fechou o dia cotado a R$ 230,00 por arroba, enquanto a vaca e a novilha ficaram em R$ 210,00 e R$ 212,00, respectivamente. Todos os valores são brutos e a prazo. Esse comportamento, segundo Juliana Pila, está relacionado à menor oferta de animais prontos para o abate, o que encurta as escalas dos frigoríficos, criando uma pressão de alta sobre os preços.

 

Na região sul do estado, as cotações permaneceram estáveis na comparação diária. O boi gordo também foi cotado a R$ 230,00 por arroba, enquanto a vaca ficou em R$ 212,00 e a novilha a R$ 220,00. A estabilidade dos preços nessa região indica que a oferta e a demanda estão relativamente equilibradas, diferentemente do que ocorre no norte.

 

Contexto do Mercado

 

A análise da Scott Consultoria destaca que a retração na oferta de animais para abate é um dos principais fatores por trás da elevação dos preços no norte do Tocantins. Em períodos de oferta restrita, é comum que os frigoríficos enfrentem dificuldades para preencher suas escalas de abate, o que os leva a oferecer valores mais atrativos aos pecuaristas. Esse movimento pode ser observado em outras regiões do Brasil e, geralmente, reflete a sazonalidade da produção, além das estratégias de manejo dos pecuaristas, que podem postergar a venda dos animais em busca de melhores preços.

 

No sul do Tocantins, a estabilidade observada nos preços do boi gordo e da vaca indica uma situação de mercado menos volátil. Nesse cenário, a oferta de animais para abate parece atender à demanda dos frigoríficos, evitando variações bruscas nos preços. Isso pode estar relacionado a uma maior organização da cadeia produtiva local ou a fatores sazonais que equilibram a oferta.

 

Carlos Mendes, produtor rural no norte do estado, conversou com a equipe do Diário Tocantinense sobre o atual cenário. De acordo com ele, o agro enfrenta um momento desafiador. "A oferta de animais prontos para o abate está mais restrita, o que nos obriga a gerenciar melhor o tempo de pastagem e engorda para aproveitar os melhores preços. No entanto, esse aumento na cotação do boi gordo traz um alívio, especialmente para quem conseguiu segurar um pouco mais os animais na fazenda”, afirma o pecuarista.

 

Perspectivas e Eventos

 

Com o mercado de carne bovina enfrentando desafios de oferta e demanda, eventos de discussão técnica e estratégica, como o Encontro de Intensificação de Pastagens da Scott Consultoria, ganham relevância. O evento, que acontece nos dias 25 e 26 de setembro, tem como objetivo promover o intercâmbio de conhecimentos e práticas que podem ajudar os produtores a melhorar a produtividade de suas propriedades, diminuindo custos e aumentando a rentabilidade em um mercado competitivo.

 

O comportamento dos preços do boi gordo no Tocantins reflete as condições específicas de cada região do estado. Enquanto a região norte experimenta uma alta nos preços devido à oferta reduzida, o sul apresenta estabilidade, possivelmente por uma oferta mais regular de animais prontos para o abate. Os produtores e frigoríficos devem estar atentos às variações regionais e às oportunidades de otimização das operações para maximizar a eficiência e a lucratividade.

 

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