Esta é a quinta decisão contra as propagandas de TV do candidato, que intensificou ataques na campanha; Janad Valcari afirma que decisão judicial reforça compromisso com a verdade

REDAÇÃOI Fernanda Cappellesso

 

A Justiça Eleitoral ordenou, nesta sexta-feira (27), a retirada imediata de uma propaganda televisiva do candidato e deputado estadual Júnior Geo (PSDB), que utilizava um áudio suspeito de uma ex-funcionária da deputada estadual e candidata Janad Valcari (PL). A decisão foi proferida pelo juiz Luiz Zilmar dos Santos Pires, que identificou indícios de manipulação no conteúdo divulgado.

O magistrado reconsiderou decisões anteriores, que haviam negado pedidos semelhantes, justificando que novas evidências apresentadas pela equipe de Janad Valcari indicam possível vício no áudio utilizado na propaganda de Geo. “Embora o Juízo tenha indeferido o pedido de tutela de urgência em processos anteriores, observo que a declaração da ex-funcionária, anexada pela representante, é suficiente, neste momento, para evidenciar suposto vício do áudio”, destacou o juiz na decisão.

Essa é a quinta determinação judicial contra propagandas do candidato Júnior Geo, que intensificou ataques pessoais e diretos à Janad Valcari nas últimas semanas da campanha eleitoral. A estratégia de Geo, marcada por uma postura mais agressiva, ocorre em um momento crítico da disputa, em que pesquisas indicam a possibilidade de vitória de Janad já no primeiro turno.

Em resposta à decisão, Janad Valcari lamentou a postura do adversário e destacou a importância da Justiça Eleitoral em garantir uma campanha limpa e baseada na verdade. “Lamento muito essa postura de adversários, mas agora a Justiça está sendo feita. Quem faz uso de mentiras para ganhar eleição, vai enganar o povo se chegar ao cargo. Nós vamos seguir trabalhando com a verdade e mostrando as melhores propostas para melhorar Palmas”, afirmou a candidata.

A decisão de retirar a propaganda de Júnior Geo evidencia a preocupação do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) com a integridade das informações divulgadas durante o período eleitoral. O uso de informações inverídicas ou manipuladas para atacar adversários é uma prática que, além de ferir o princípio da isonomia entre candidatos, compromete o direito do eleitor de receber informações verídicas e claras para exercer seu voto de maneira consciente.

O episódio também chama atenção para a necessidade de regulamentações mais rígidas em relação ao uso de conteúdos suspeitos nas campanhas eleitorais, especialmente com a crescente influência das redes sociais e dos meios digitais na formação de opinião pública. O debate em torno da transparência e ética nas campanhas eleitorais reforça o papel essencial da Justiça Eleitoral em coibir práticas abusivas e garantir uma disputa justa e democrática.

Com o fim do período eleitoral se aproximando, a expectativa é que a fiscalização se intensifique para evitar que episódios como esse se repitam, prejudicando não apenas os candidatos, mas principalmente o processo democrático e o direito dos eleitores de escolherem seus representantes com base em informações reais e confiáveis.

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