No Brasil, o fenômeno aumenta o risco de seca na faixa norte das regiões Norte e Nordeste e de grandes volumes de chuva no Sul do País.

Da Redação

Segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET, Elisabeth Ferreira, as condições do tempo para esta semana no Tocantins ainda será de instabilidade. "Muitas nuvens e nebulosidade durante o dia, mas podem ocorrer chuvas principalmente no final do dia e no período da noite, nessa região centro-norte do estado". 

Para a região sul do estado, as condições são um pouco diferentes: "A região sul do estado, divisa com o Goiás, terá uma condição de chuva mais amena, tendo somente pouca possibilidade de ocorrência. No entanto, a temperatura permanece na faixa dos 22°-23° graus, para o período da tarde varia entre 33° a 34° graus", afirma Ferreira.

El Niño: probabilidade do fenômeno 

No Brasil, em anos de El Niño, geralmente, a chamada corrente de jato subtropical (ventos que sopram na região subtropical de oeste para leste, se posicionando a 10 km de altitude) é intensificada, bloqueando as frentes frias sobre a Região Sul do País e causando excessos de chuva nos meses de inverno e primavera.

Nas regiões Norte e Nordeste, há uma diminuição das chuvas nos meses de outono e verão, enquanto no Sudeste e Centro-Oeste, não existem evidências de efeitos no padrão característico das chuvas.

De acordo com a especialista, para este ano o fenômeno, ainda sendo monitorado, tem a tendência de vir com intensidade moderada na região centro-norte do país. 

"Tem a condição de configurar El Nino, principalmente a partir de Junho. Estamos acompanhando e monitorando a condição da configuração, podendo ser de moderado ou forte do fenômeno.  Até o momento poucos modelos indicam El Nino forte, há mais indicações para moderado", afirmou Ferreira.

Impactos do El Niño 

No Brasil, o fenômeno aumenta o risco de seca na faixa norte das regiões Norte e Nordeste e de grandes volumes de chuva no Sul do País. Isso ocorre porque a água da superfície do Pacífico, que está muito mais quente do que o normal, evapora com mais facilidade. Ou seja, o ar quente sobe para a atmosfera mais alta, levando umidade e formando uma grande quantidade de nuvens carregadas.

Logo, no meio do Oceano Pacífico, chove muito e com frequência durante o El Niño. Durante as chuvas, esse mesmo ar quente, agora mais seco, continua circulando e, dessa vez, desce no norte da América do Sul, inibindo a formação de nuvens e, consequentemente, a ocorrência de chuvas na parte do Norte e Nordeste do Brasil. Afinal, o ar que provoca a formação de nuvens é aquele que sobe da superfície terrestre para a atmosfera e não o contrário.


 

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