Com 250 mil hectares destruídos e aldeias indígenas ameaçadas, a deputada Claudia Lelis exige ação imediata do Exército e cobra respostas urgentes de órgãos ambientais enquanto o Tocantins enfrenta sua pior crise de queimadas.

Redação I Fernanda Cappellesso

A deputada estadual Claudia Lelis (PV) apresentou requerimento solicitando ao Ibama e ao Governo do Estado o envio imediato de soldados do Exército para reforçar o combate às queimadas que assolam a Ilha do Bananal. O pedido surge em meio à grave crise ambiental que atinge a região, com 250 mil hectares de vegetação destruídos pelo fogo neste ano, colocando em risco aldeias indígenas, como a Imotxi II.

Na condição de presidente da Comissão de Meio Ambiente, Turismo e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), Claudia Lelis destacou a urgência da situação e reforçou a necessidade de apoio das Forças Armadas. "A rápida expansão das chamas, favorecida pelas condições climáticas e pela insuficiência de recursos, ameaça tanto a fauna e a flora locais quanto as comunidades indígenas. A intervenção do Exército é fundamental para impedir uma tragédia ainda maior", afirmou a parlamentar.

Claudia Lelis enfatizou que a Ilha do Bananal, considerada um patrimônio natural do Brasil e do mundo, está em uma crise sem precedentes. "Estamos diante de uma catástrofe ambiental. O Exército tem a capacidade e os recursos logísticos para intervir de forma eficaz. O tempo está contra nós, e se não agirmos com urgência, as consequências serão irreversíveis", alertou a deputada.

Esclarecimentos solicitados na Aleto

Além do pedido de intervenção do Exército, Claudia Lelis também solicitou que representantes do Ibama, Naturatins, Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) compareçam à Aleto na próxima semana para prestar esclarecimentos sobre as medidas adotadas no combate às queimadas em todo o estado.

Os dados mais recentes indicam que o Tocantins registrou 12.329 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 12 de setembro, mais que o dobro do mesmo período em 2023, quando foram contabilizados 6.038 focos. Em resposta à crise, o Governo do Estado já anunciou a contratação de até 500 brigadistas e a alocação de R$ 6 milhões para intensificar o combate aos incêndios florestais.

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